Paz paz paz

Paz paz paz
A felicidade é simplesmente uma questão de luz interior.

19 de abril de 2011

A milenar arte de educar dos povos indígena

Educar é dar sentido. É dar sentido ao nosso estar no mundo. Nossos corpos precisam desse sentido para se realizar plenamente. Mas também nossos corpos são vazios de imagens e elas precisam fazer parte da nossa mente para possamos dar respostas ao que se nos apresenta diuturnamente como desafios da existência. É por isso que não basta dar alimento apenas ao corpo, é preciso também alimentar a alma, o espírito. Sem comida o corpo enfraquece e sem sentido é a alma que se entrega ao vazio da existência.
A educação tradicional entre os povos indígenas se preocupa com esta tríplice necessidade: do corpo, da mente e do espírito. É uma preocupação que entende o corpo como algo prenhe de necessidades para poder se manter vivo.
Esta visão de educação é sustentada pela idéia de que cada ser humano precisa viver intensamente seu momento. A criança indígena é, então, provocada para ser radicalmente criança. Não se pergunta nunca a ela o que pretende ser quando crescer. Ela sabe que nada será se não viver plenamente seu ser infantil. Nada será por que já é. Não precisará esperar crescer para ser alguém. Para ela é apresentado o desafio de viver plenamente seu ser infantil para que depois, quando estiver vivendo outra fase da vida, não se sinta vazia de infância. A ela são oferecidas atividades educativas para que aprenda enquanto brinca e brinque enquanto aprende num processo contínuo que irá fazê-la perceber que tudo faz parte de uma grande teia que se une ao infinito.
Num mesmo movimento ela vai sendo introduzida no universo espiritual. Embalada pelas histórias contadas pelos velhos da aldeia, a criança e o jovem passam a perceber que em seu corpo moram os sentidos da existência. Este sentido é oferecido pela memória ancestral concentrada nos velhos contadores de histórias. São eles que atualizam o passado e o fazem se encontrar com o presente mostrando à comunidade a presença do saber imemorial capaz de dar sentido ao estar no mundo.
Este processo todo é alimentado por rituais que lembram o passado para significar o presente. São movimentos corpóreos embalados por cantos e danças repetidos muitas vezes com o objetivo de “manter o céu suspenso”. A dança lembra a necessidade de sermos gratos aos espíritos criadores; contam que precisamos de sentidos para viver dignamente; ordena a existência. Cada grupo de idade ritualiza a seu modo. Cada um se sente responsável pelo todo, pela unidade, pela continuidade social.
Educar é, portanto, envolver. É revelar. É significar. É mostrar os sentidos da existência. É dar presente. E não acaba quando a pessoa se “forma”. Não existe formatura. Quem vive o presente está sempre em processo.
É por isso que a criança será sempre criança. Plenamente criança. Essa é a garantia de que o jovem será jovem no seu momento. O homem adulto viverá sua fase de vida sem saudades da infância, pois ele a viveu plenamente. O mesmo diga-se dos velhos. O que cada um traz dentro de si é a alegria e as dores que viveram em cada momento. Isso não se apaga de dentro deles, mas é o que os mantém ligados ao agora.
Resumo da ópera: A educação tradicional indígena tem dado certo. As pessoas se sentem completas quando percebem que a completude só é possível num contexto social, coletivo. Cada fase porque passa um indígena – desde a mais tenra idade – alimenta um olhar para o todo, pois o conhecimento que aprendem e vivem é um saber holístico que não se desdobra em mil especialidades, mas compreende o humano como uma unidade integrada a um Todo maior e Único.
Olhar os povos indígenas brasileiros a partir de uma visão rasa de produção, de consumo, de riqueza e pobreza é, no mínimo, esvaziar os sentidos que buscam para si.
Pense nisso.

5 de abril de 2011

Ecofeminismo????/?


ECOFEMINISMO

Por favor, o que é ecofeminismo?
Na primeira revista do Jornal O Globo desse ano, há uma matéria sobre as ecofeministas. Entendi que eles chamaram de ecofeministas as mulheres que são ligadas aos seus ciclos, à natureza, à Mãe Terra. Eles referiam-se às mulheres que se reúnem para celebrar e reverenciar essa nossa natureza única. Sim! Única! Porque os homens não são conectados à natureza como as mulheres são. Nem preciso desenrolar esse novelo…
Mas fiquei me perguntando por que eles nomearam as mulheres que propõem esse tipo de trabalho como ecofeministas.
Toda mulher é “eco”!
Mulher é ecologia pura!
“Eco” está na moda e achar mais uma categoria “eco” é vendável, é publicável.
Será que a jornalista não teve autorização para simplesmente publicar uma matéria sobre mulheres que estão retornando para sua essência ou simplesmente assumindo viver nela? Ou será que a jornalista realmente viu essas mulheres como um rótulo comercial de ecofeministas?
Coisas do mundo moderno…
Mas o relevante é que houve uma publicação sobre o assunto. É importante que Aparecida Sauer, Marcela Zaroni, Maria Cristina de Resende e Sílvia Rocha estejam no Globo porque as mulheres que não sabem que são “eco” precisam se lembrar de Sua Natureza.

Yama - Nyama

Os 10 Princípios orientadores da prática do Yoga
Yama - Nyama
Patanjali dá-nos 5 Yamas e 5 Nyamas para a nossa orientação de comportamento na prática do Yoga
1. Ahimsa: Não magoar em pensamento, palavra ou acção. Isto significa um esforço para minimizar a nossa capacidade de ferir o ambiente exterior, em qualquer circunstância. Contudo, isto não exclui a possibilidade de usarmos a força física para nossa própria segurança e dos outros, se necessário. Quando Mahatma Gandhi foi inquirido se existia alguma circunstância em que ele poderia matar uma cobra, ele respondeu que não. Uma interpretação prática de Ahimsa deverá sugerir que em determinadas circunstâncias poderá ser necessário usar a força, de forma a proteger os outros ou nós próprios. A intenção do sujeito é o importante. Enquanto caminhamos na rua podemos esmagar um insecto, mas não era a nossa intenção causar-lhe ferimento.2. Satya: Verdade Benevolente. Isto é o uso da mente e palavras para o bem estar geral. Buda disse que a primeira prioridade das palavras deveria ser a sua utilidade aos outros. A segunda prioridade é que elas deveriam ser verdadeiras. E a terceira prioridade é que deveriam ser doces. Então, o espírito deste princípio é promover a maximização do bem estar, através dos nossos pensamentos e palavras.
3. Asteya: Não roubar. Não retirar aos outros os seus pertences sem o seu consentimento. Também significa não privar outros daquilo que devemos. Por exemplo, pagar menos a um empregado(a) em relação ao que nós julgamos ser o seu merecimento ou entrar num comboio sem pagar bilhete, são acções contra o espírito de asteya.
4. Brahmacarya: Pensamento Universal. Considerar tudo como uma expressão da Consciência Cósmica. Isto desenvolve a nossa capacidade de amor pelos outros, independentemente da raça, nacionalidade ou grupo étnico, pela promoção do sentimento de que todos nós somos parte da mesma família cósmica. Os benefícios para a sociedade podem ser rapidamente apreciados. Existe uma história divertida que ilustra este princípio: Um homem costumava dizer sempre que tudo era Deus. Tudo o que acontecia, ele dizia que era Deus. Os seus amigos estavam familiarizados em ouvi-lo dizer isso, e bricavam entre si sobre essa frase. Um dia viram-no ser perseguido por um touro, e gritaram-lhe, “ Se tudo é Deus, então o touro também é Deus, então porque estás a fugir dele?” Como ele estava a correr pela sua vida, ele respondeu “A minha fuga é também Deus!” É importante cultivar este sentimento.
5. Aparigraha: Modo de vida simples. Não acumular mais do que precisamos para um nível de vida razoável. Isto tem consequências pessoais e sociais. Nós nunca poderemos estar satisfeitos com o que temos enquanto acumulamos coisas desnecessariamente, porque a mente estará sempre distraída pelas posses e processos de acumulação de bens materiais. Do ponto de vista social, a riqueza física deste mundo é limitada, por isso a acumulação excessiva de riqueza física de alguém irá impedir que outros possam satisfazer as suas próprias necessidades básicas.

Niyama também tem cinco partes:

1. Shaoca: Pureza da mente e limpeza do corpo. Deve-se manter o corpo limpo não apenas externamente. A limpeza interna também depende do que comemos.
2. Santosa: Contentamento e relaxamento mental. Apenas quando a mente está num estado de relaxamento é possível estarmos satisfeitos com a vida e infundir nos outros o nosso entusiasmo. Isto depende em larga medida do princípio de Aparigraha.
3. Tapah: Serviço Social. Trabalhar para o bem estar dos outros. Isto significa ajudar os necessitados sem esperar alguma recompensa por essa acção. Existe um fluxo de amor dentro de nós, que apenas pode ser expresso quando damos algo desinteressadamente aos outros. Notar que isto significa que os ajudados devem estar em estado de necessidade. Dar dinheiro a uma pessoa rica não é um serviço!
4. Svadhyaya: Leitura inspiracional. Ler livros inspiradores, entendendo o seu significado. Isto é melhor conseguido após a meditação, quando a mente está mais receptiva a ideias profundas e a pensamentos mais elevados. Na nossa sociedade moderna, “livros” pode significar também outros meios de educação, como a Internet, CDs, gravações audio, etc. Mas o ponto importante é o seu poder de elevar a mente humana, qualquer que seja a fonte material, através das mensagens aí armazenadas.
5. Iishvara Pranidhana: Meditar na Consciência Cósmica. Isto leva-nos à percepção de que somos Um com a Consciência Infinita, e é esta tomada de consciência que nos dá a maior realização durante a nossa vida, enquanto seres humanos. No Rajadhiraja Yoga, existe um mantra específico e um ponto de concentração para cada pessoa – dependendo da vibração mental individual – que é um instrumento para atingir a ideação.

Qual o Poder de Um Círculo de Mulheres? - CIRANDDA DA LUA

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